É um frio tão cortante
é um vento gelado
é um amargo amarelo
do fel do passado
do aperto sentido
de um tempo perdido?
do amor tão sofrido?
de algo vivido?
ou é apenas o medo
do que a vida reserva?
e a alma conserva
uma força...Minerva.
É algo por vir
o que se tem por sentir
e quem terá que partir?
é a dor por parir?
e o frio continua
cortando minha carne
meus ossos refletem
um grito de alarme...
Preciso beber um vinho sangrento,
que seja um unguento
pra sobreviver...
e até um acalanto
pra uma alma em tormento
voltar a viver!
A noite me assusta
e o cérebro busca
as sombras perdidas
e por nós escolhidas
pra na sombra ficar,
mas o vento gelado
vai buscar no passado
a vinho do cálice
que escolhi não tomar.
Arminda Lopes
Tia Arminda, que coisa boa poder compartilhar e exprimir estes estados de alma...
ResponderExcluirme faz perceber que apesar de diferentes, somos muito parecidos quando vamos ao encontro de nossa verdade interna, mais profunda... mesmo que ela seja vivenciada por cada um de nós com intensidades e formas distintas...
espero contar com vocês, no nosso jantar dia 5! Beijo bem grande,
Polaquinha! :)