Escultora Arminda Lopes Bem-Vindos ao meu espaço de expressão! Arte, palavras, pensamentos e emoções.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Este é um sonho que ainda não realizei: andar em pernas de pau. Acho que não tenho equilíbrio. Pensando bem nunca tive, mas com certeza ainda vou experimentar!!!
Penso quem seria eu Arminda. Logo me vem a imagem de um camaleão. Confundível, adaptável a qualquer que seja a situação. Escondo-me ,quando possível ,da ira dos predadores, mas quando em iminente perigo ataco com dentes e chicoteio com minha cauda. Meus olhos giram independentemente e enxergam em todas as direções tentando me proteger e aos meus. Minha cauda me liga, me gruda à vida apesar das grandes quedas que a vida já me aprontou. Sou péssima nadadora, mas mergulho profundamente nos estados da minha alma. Fujo. Permaneço submersa por longo tempo, enquanto me sinto acuada ou sofrida, até que me sinta em condições de recomeçar. Em tempos normais movimento-me sempre com muita rapidez. Executo múltiplas funções simultaneamente. Difícil haver difícil. Meu lema: Nunca nunca. Apesar de fêmea, possuo a característica do camaleão macho que enverga na cabeça uma grande crista colorida. Remeto-me também aos meus ancestrais indígenas . Disseram-me que fui "Xamã "em tempos passados. Sinto nas minhas veias o sangue desse povo. Na minha cabeça uso, porque sinto ,meu cocar de penas coloridas. Sou guerreira. Caio, arrasto-me , mas levanto e entro na luta pra valer. Sou criança. A criança que habita em mim me faz brincalhona, arteira e irreverente e quando em atividade, incontrolável. Tenho na realidade sangue indígena e italiano. Acredito que herdei da minha italiana mãe a arte em ser MAMA e a arte propriamente dita. Venho de uma família de sete irmãos , ocupando o sexto espaço e com certeza a ovelha negra desta. Entre engenheiros, médico e advogada meu amor era sempre pela arte. Difícil vencer preconceitos e obstáculos, mas impossível desistir porque seria como que desistir da minha própria essência. Lutei ferozmente e há trinta anos me dedico ao meu trabalho de escultora. Sou sentimento puro. Absolutamento tudo é muito forte tanto na alegria como na tristeza. Tenho necessidade de escrever. O texto aparece pronto na minha cabeça e a necessidade é premente de exorcizá-lo da minha alma. Assim como minhas esculturas elas aliviam meus sentimentos. Como já disse anteriormente: é a materialização dos estados da minha alma. É questão de vida ou morte. Mais ou menos é tudo assim na minha vida: se é para ser, que seja inteiro.
Também tenho este sonho. Dizem ser como andar de bicicleta. De vc, não duvido que em breve andara de pernas de pau. Vamos tentar juntos?
ResponderExcluirNão sou anônimo não. Ivan
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