Morávamos num outro condomínio aqui na zona sul. Eram 18 casas e 18 casais começando a vida familiar. Todas alí chegamos para viver um tipo de vida completamente diferente do até então. Era um condomínio horizontal , como diziam. O primeiro de POA. Nós que vínhamos de São Paulo, onde já era comum este "jeito de mora", optamos por "sair"da cidade e dar uma qualidade de vida diferente para nossos filhos.
Formamos uma grande família e grandes amigos.
Éramos jovens, tínhamos muitos sonhos, muitas alegrias e muito consolo quando precisávamos.
Todos os natais organizávamos um teatro. Eu escrevia o texto e combinava os ensaios regados a caipira ou champanhe. para descontrair...
Fazíamos os figurinos, ensaiávamos e numa tarde de sábado antes do Natal apresentávamos nosso teatro para as crianças que já esperavam ansiosos todos os anos.
O" espetáculo de final de ano" começou a ficar famoso a cada ano a platéia aumentava: avós, tios, amigos das crianças e dos pais. ...era simplesmente uma grande festa.
Acontece que houve um ano que alguns adultos se estranharam e não tinha clima para a realização da festa e muito menos de juntar desavenças.
Silêncio. Ninguém falava sobre a festa e as crianças logicamente perceberam o astral.
Agora vem o mais incrível: no sábado anterior ao Natal recebemos, todos os pais, um convite para tal hora estar no salão de festas.
As crianças se organizaram, fizeram o texto, figurino e representaram um auto de natal, com coral e tudo mais.
Foi muito emocionante e uma aula de bem viver.
Os adultos-crianças sentiram o valor e o objetivo daquele desempenho maduro das crianças-adultas.
Foi uma experiência muito importante para todos nós.
Aquelas crianças, hoje adultos são verdadeiros amigos e frequentemente se reúnem e festejam a felicidade de viver.
Que história mais bonita. Tuas palavras sempre são ensinamentos.
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