Escultora Arminda Lopes
Bem-Vindos ao meu espaço de expressão!
Arte, palavras, pensamentos e emoções.


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

NY - 14 comentário


                 Acabamos de voltar do The Modern, restaurante do MOMA.    Perfeito, descontraido e comida maravilhosa. Nosso amigo Valmor Bratez nos convidou. Foi uma noite demais agradável. Papo cabeça.
Recomendada saboreei: " Ovo na taça com lagosta ". Espetacular. Quando chegar vou colocar a foto do prato no blog.
   Amanhã estaremos retornando, deixando muita coisa para ver e fazer nessa maravilhosa cidade, mas nós voltaremos para concluir nossa agenda.

NY - 13 comentário

                        
Uma sugestão;  Il Gattopardo na 33w 54thSt  telefone: 212 246 0412
Cozinha italianíssima dos novayorquinos. Nada turístico e na mesma 54thSt duas quadras do hotel London.
Muiiiito bom. Almoçamos algumas vezes.
Vale a pena.

NY- 12 comentário

   Hoje amanheceu chovendo muito e atrapalhou nossa ida a High Line. Íamos conhecer , dizem que é muito linda. Vimos, em outra vinda aqui, a maquete no MOMA...e agora existe de fato.
Vamos ver se amanhã a gente vai.
Vamos tentar também ir na Neue Gallery. Dica do Edgar Diefenteler.
O tempo está ficando curto para tudo que gostaríamos de fazer.
Aproveitamos o dia para comprinhas....também a gente merece.
Agora vamos jantar aqui no hotel mesmo. O restaurante é muito bom....e começar a arrumar as malas.

NY- 11 comentário

                  Ontem fomos jantar no Spice Marquet. Retornamos sempre porque é bom demais.
É tudo de bom : decoração, ambiente, energia e muito vinho. Tomamos umas e outras e muitas outras.
A conta US$  é só vinho!!!!   Muito louco e a comida maravilhosa.
   Recomendo Ginger rice  é um prato indiano e o meu preferido lá.

domingo, 29 de novembro de 2009

NY - 10 comentário

               Hoje é domingo. Passamos o dia no The Metropolitan Museum of art.
Fomos pela manhã e vimos a exposição de Vermeer.  Johannes Vermeer.
Jóias do século XVII à nossa disposição.
São cinco e o mais lindo, sem dúvidas , é o The Milkmaid. As pessoas se aglomeravam para olhá-lo.
A curadoria construiu um diálogo com outros importantes pintores contemporâneos que usavam a mesma linguagem.
               Imperdível.  É  a segunda vez que The Milkmaid visita o Metropolitan .
               Depois fomos ver a mostra Art of the Samurai.
               Além da incrível arte de seu armamento, objetos e roupagem tivemos a oportunidade de assistir um filme com todo o processo desde a criação , fundição e acabamento de um Katana a espada curva usada pelos Samurais.
               Ainda por lá  Robert FranK's The Americans   desenhos, pinturas e fotografias.
               ...e para encerrar a Annual Christmas Tree and Neapolitan Baroque Crèche
                                 Lindíssima!





NY - 9 comentário

               Ontem fomos assistir A Little Night Music. Um musical inspirado no livro do mesmo nome e que foi interpretado no cinema por Ingmar Bergman.
Na verdade fomos ver de perto Catherine Zeta Jones .
O musical é bem legal com Angela Lansbury( que era muito aplaudida) e Alexandre Hanson.
Foi muito bom vê-la  interpretar e cantar. Tem uma voz muita linda . Na verdade ela realmente é linda em tudo.
                Valeu!

sábado, 28 de novembro de 2009

NY- 8 comentário

Hoje, sábado pela manhã fomos ao MOMA. O museu pulsava lotado de pessoas de todas as idades. As salas de acervo do museu repletas e a exposição mais visitada era de Tim Burton. A entrada é uma grande boca de um monstro gigante ...e tu és engolido pra uma jornada no ventre da besta.
   São desenhos, são esculturas em movimento explorando shapes e símbolos expressando emoções.
 As crianças na saída recebem um folder, onde podem expressar seus sentimentos, convidados à desenhar e criar seus próprios símbolos.
              Show!!!

NY -7 comentário

Ontem assistimos Burn the Floor:   Inacreditável . Coisas que só NY te proporciona. Impossível mais energia, mais movimento mais criatividade. Músicas do mundo dançadas, cantadas num rítimo alucinante e sensual.
Eu adoro esta cidade . Respira-se arte o tempo todo!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

NY -6 comentário

Hoje assistimos em frente ao nosso hotel a passeata do Thanksgiving. O povo e muito povo parecia muito feliz. Eufóricos.
Almoçamos no Rockfeller Center e fomos assistir no Radio City Hall  - Christmas Spectacular.
Espetacular mesmo.

NY - 5

Ontem fomos ver FUERZA BRUTA -101 east 15th street


É demais . Ë imperdível!!! Trata-se do rito de passagem em ritmo frenético e alucinante....
Sem mais palavras...só vendo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

NY - 4

             Hoje fomos no Guggenheim   ver a espetacular exposição de Kandisky. É imperdível . Sob a batuta de três curadores conseguiram reunir um grande  número de pinturas. Lá está ele e sua história retratada .
Tem também um espaço reservado para seus trabalhos em papel.
              Acontece lá simultaneamente três outras exposições: Kitty Kraus - instalação, Félix Gonzales Torres e Roni Horn escultura-instalação e  Anish Kapoor com uma única e imensa escultura escondida.
Muito bom.
               Fomos almoçar  num lugar muito aconchegando chamado Caffe Grazie  muiiiiito bom
Vamos sair daqui com alguns quilinhos a mais, apesar de caminharmos muito.
               Vamos jantar aqui mesmo no hotel e vamos para o Lincon Center  assistir o jazz que nos recomendaram aqui.
               Vamos lá....

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

NY- comentário 3

Será que o 11 de setembro tem algo a ver com este novo posicionamento????

Comentário NY 2


Acabamos de chegar. Fomos jantar no italianíssimo Trattoria dellarte para reviver momentos gostosos de outras épocas. Quase todas as vezes que viemos aqui guardamos uma noite para jantar lá.  Muito bom.   Depois saimos caminhando até Times Square.   A noite era dia. Muita, mas muita gente caminhando com alegria e com muita segurança. Times Square , como todos sabem, hoje é rua fechada e as pessoas tem direito de usufruir daquele espaço. Perguntado  sobre como os transeuntes e motoristas  reagiram com esta tomada de atitude dos novayorquinos,   alguém morador daqui responde: sem problemas toma-se outro caminho....

Estar em New York Comentários

       Estou em NY.  Eu tenho plena convicção que mereço estar em NY.
       Depois de uma noite no avião sem dormir, porque me esqueci do meu remédinho, chegamos e nos dirigimos ao London New York Hotel, indicado e muito bem indicado pela Beth da Ouro e Prata.
       Esta cidade de sonhos está se preparando para o Natal. As vitrines coloridíssima remetem ao mundo  dos contos de fada, das aventuras do circo, do imaginário infantil.
      O frio de 5 ou 6 graus deixa-nos muito à vontade e com mais vigor para caminhar e bisbilhotar absolutamente tudo. Esta cidade fantástica anoitece agora pelas 4,15h  acreditem. A noite  novayorquina então começa bem cedo. É uma experiência no mínimo gostosa.
     É gente que vai ...é gente que vem. Rápidos e ávidos, acredito, para para viver o próximo momento .
     Ontem reencontramos com um grande amigo brasileiro- Walmor Bratez que mora nun belo apartamento em frente ao Central Park. Além de atualizar informaçãos do Brasil recebemos dicas importantes de onde e   do que está acontecendo aqui . Vamos cumprir o roteiro.
Fomos juntos jantar no Bar Boulud- excelente culinária e  aconchegante lugar.
     Hoje caminhamos muito e vamos jantar num restaurante italiano que sempre vamos quando estamos aqui.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Madona - série Perdas


Texto de Lya Luft sobre a exposição Perdas - a estética da dor


As surpreendentes mulheres de Arminda Lopes brotam da terra e são terra.
São pura dor, por isso, eventualmente, abraçam umas às outras para se consolar.
Também abraçam o vento para que alivie o fogo que as devasta.
Curvam-se como se partejassem a si mesmas e à
humanidade inteira que nasce desse espanto pela existência
lançada do escuro do ventre para o escuro da terra que lhe dá textura, destino e cor.

                                                                        Lya Luft /2004

Texto que criei para Perdas- a estética da dor


Sou terra. A terra, o barro, é meu aliado,
é conivente, é meu ponto de equilíbrio.
Ele acalma minha alma e minha dor.
As mulheres são minhas parceiras.
Acompanharam a ainda participam da elaboração de minhas perdas.
Passaram pelo sofrimento louco, pelo medo,
pela desesperança, pela entrega e pela tentativa de conforto.
Ficaram como eu por aí...
Faltou a conformidade, faltou a aceitação.
Pode ser que um dia elas voltem e completem o ciclo.
Acredito que o tempo às traga de volta.
Por enquanto é o que tenho condições.

Arminda Lopes

Arte no Iphone série escadas


terça-feira, 17 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Arte Digital


Meus desenhos no i-phone
Arminda Lopes






Vento

o vento ventou
um vento vadio
varreu as folhas do meu quintal,
soprou uma brisa morna e faceira
limpou minhálma de um tempo mau.

Tirou com força, mas delicado
aquela dor tão infernal...
...e o vento voltou,
voltou mais calmo
mais calmo ficou
o meu quintal.

Arminda lopes

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O frio

É um frio tão cortante
é um vento gelado
é um amargo amarelo
do fel do passado
do aperto sentido
de um tempo perdido?
do amor tão sofrido?
de algo vivido?
ou é apenas o medo
do que a vida reserva?
e a alma conserva
uma força...Minerva.
É algo por vir
o que se tem por sentir
e quem terá que partir?
é a dor por parir?
e o frio continua
cortando minha carne
meus ossos refletem
um grito de alarme...
Preciso beber um vinho sangrento,
que seja um unguento
pra sobreviver...
e até um acalanto
pra uma alma em tormento
voltar a viver!
A noite me assusta
e o cérebro busca
as sombras perdidas
e por nós escolhidas
pra na sombra ficar,
mas o vento gelado
vai buscar no passado
a vinho do cálice
que escolhi não tomar.


Arminda Lopes

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Miseráveis - A estética da Dor


Foto: Marcelo Moreira - Exposição Miseráveis - A Estética da Dor
Palácio das Artes - Belo Horizonte/MG  


É impossível passar sem ver!
É impossível fingir ignorar!
É impossível ficar de boca e coração calados!

Sinto o peito doer, doer aos farrapos... em farrapos pelos farrapos.
Preciso despertar corações que optaram pela cegueira.

É tempo de acordar e sacudir nosso país.
Algo precisa ser feito. Que este seja o começo: a conscientização.
A conscientização  de uma grande mudança.

Deixo uma pergunta:
Quão miserável és tu que não enxergas a miséria do teu povo?

Arminda Lopes

Texto escrito para a mostra Miseráveis - a Estética da Dor

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Paulo Amaral - Estados da Alma

Posto aqui o poema especial que recebi do amigo Paulo Amaral
sobre minha exposição "Estados da Alma"


Foto: Carmem Gamba
Exposição Estados da Alma no Museu Júlio de Castilhos



Catedral
                             Para Arminda Lopes

Na catedral das dores,
Impera o silêncio dos corpos
Eles contêm, cada um à sua maneira,
O drama de quem ali ousa

Impossível fugir daquela nave espessa, opressora de consciência
Escapar à cobertura que desaba todos os dramas
Sem que em mim reverbere o eco das mazelas humanas

Desumanas

A fome,
O desprezo,
A morte.

Esta, a mais serena das sensações naquele templo
Escuro
Pois há de por fim em todas as outras,

Pecados leves

Confissões tardias e inescapáveis de meus assombros,
De minhas omissões,
De meus atos,
De todos os meus pensamentos

A contrição que agora revolve dentro
O sumo da indiferença,
Sempre

Seu nome é dor.
Ela jaz no frio chão da igreja
O seu lugar de nascença

Rasteiro

A escória da humanidade toda

Paulo Amaral
Outubro de MMIX

Armindo Trevisan - Estados da Alma


Abaixo o texto carinhoso do professor e amigo Armindo Trevisan
sobre minha exposição "Estados da Alma"


Foto: Carmem Gamba
Exposição Estados da Alma no Museu Júlio de Castilhos


Arminda Lopes:
Obrigatório ver o que ela está expondo.
                          
Armindo Trevisan



Escrevo...para vocês, leitores, considerados o “grande público”,
a vocês que ousam formular a questão:
“Existem, ainda, obras de arte visuais que mereçam ser visitadas?”


Antes do mais, admitamos um fenômeno:
a maioria das pessoas não sabe a qual critério recorrer,
que lhes permita olhar para algo para uma produção
simbólica com um mínimo de simpatia. Caímos numa espécie de ceticismo estético.
Já somos “agnósticos” em arte!
As pessoas olham para o que lhes é apresentado como “criação estética”,
torcem a cabeça, sorriem (ou, mesmo, riem abertamente!)...
E afastam-se com enfado ou desdém.


É certo, por outro lado, que vivemos uma era de minguado “eros” simbólico,
de quase inexistente capacidade para avaliar alguma coisa
pelo critério de sua vinculação a um valor imaginário do passado,
digamos, da História da Arte. De tanto inventarem novos mundos,
de tanto perseguirem a pedra filosofal da genialidade,
de tanto agredirem os olhos do cidadão normal, os artistas passamos a ser,
para o público, pessoas não confiáveis.
Mas, no fim das contas, a quem caberá a razão:
ao público, mais e mais chateado, ou aos artistas, mais e mais provocativos?!


Um pouco de humildade, um pouco de equilíbrio,
ou melhor, um pouco de pudor estético (de desconfiança no gosto subjetivo)
poderia favorecer um retorno ao diálogo.
Não vejo nada no horizonte que anuncie isso.
Vejo apenas uma tendência à arrogância,
que não promete senão uma inflação de arrogância.


Precisamos parar, começar a meditar! Meditar, sobretudo,
nas seguintes palavras de um dos maiores compositores
de música clássica de nosso século, Benjamin Britten:
“Sou um ouvinte impaciente e arrogante;
mas no caso de uns poucos compositores,
muito poucos, quando ouço uma obra deles de que não gosto,
tenho certeza de que a culpa é minha.
Verdi é um desses compositores”.
Se todas as pessoas utilizassem tal critério,
ampliando-o de acordo com a própria ignorância,
existiria maior número de apreciadores de arte.


Escrevo tudo isso por uma razão específica:
para convidar os leitores a irem ao Museu Júlio de Castilhos.
É preciso que mais gaúchos visitem a mostra de Arminda Lopes: “Estados da Alma”.


A temática da artista é delorosa. Ela mesma o confessa:
“Talvez a ncessidade física de sobrevivência,
através da expressão materializada dos estados de minha alma,
me auxilie no processo de purgação da dor.”
Sim, a catarse constitui elemento fundamental da experiência estética.
Diria até que ela é seu subconsciente, mesmo quando,
orgulhosamente, queiramos tratá-la como uma escrava romana...
Eis por que a escultora imaginou sua mostra como um ritual “desviado”.
Um ritual profano”? Até certo ponto.
O profano, não raro, é um anônimo que acompanha o sagrado.
A artista, pois, concebeu sua exposição como ela pudesse
 acontecer dentro de uma Capela.
Expôs, inclusive, no que se poderia qualificar de altar-mor,
um impressionante “Santo Sudário” desligado de suas implicações religiosas.


Peço aos eventuais visitantes da mostra de Arminda Lopes que se fixem,
de maneira especial, nas qualidades intrínsecas das peças em exposição.
Nem tudo nessa mostra é obra-prima.
Existem exageros, tiques de retórica, uma ou outra,
certa tendência subliminal a “épater le bourgeois”.
Afirmo isso não para diminuir a mostra de Arminda,
mas, justamente, para valoriza-la, para exigir maior atenção e emoção para ela,
sobre o que realmente importa nela:
sua qualidade formal, sua expressividade plástica.
Não me peçam para definir isso.
Pode-se definir o aroma de uma orquídea?


Caros amigos, apressem-se a ir ver essa Capela misteriosa!
Detenham-se na presença de determinados “achados”,
tentem descobrir (estas, sim!) a contenção, delicadeza,
a notável síntese entre a modelagem dos volumes,
e o coração estraçalhado de quem os criou.


Demos essa honra à escultora Arminda Lopes!

Acerquemo-nos de uma realização escultórica que não perde
para outras realizações congêneres, exibidas nos museus da Europa.


Com essa mostra, a escultora gaúcha alçou-se à altura
de sua primeira grande mostra-impacto,
a que anos atrás a situou entre os melhores artistas do Rio Grande do Sul, e do país.


Assombro-me que isso tenha ocorrido.
Quando, uma década atrás, a escultora foi minha aluna de História da Arte,
jamais teria imaginado seu vôo futuro. Como o conseguiu realizar?


Talvez impulsionada pela dor de uma grande perda!
É possível que um fenômeno estético tão admirável
só tenha sido viável, porque um mergulho existencial da artista
lhe permitiu encontrar nos abismos do coração humano,
aonde se refugiam os segredos da condição humana,
a misteriosa chave que realmente abre “as portas da percepção”.


(Museu Júlio de Castilhos. Rua Duque de Caxias 1205.
Visitação: até 30 de janeiro de 2010. De terça a sábado, das 10 às 18 horas).

Difícil

Difícil

Difícil é passar sem sentir,
É sentir sem falar,
É falar sem dizer...
É olhar sem sentir,
É sentir sem sentir.

Arminda Lopes

A goteira


O pingo pingava
No canto do quarto
Minha paciência contava
Os minutos do parto
Que parto? Que pingo?
Eu sei que estou farto
Já sinto o respingo
Talvez seja o  infarto.
Meus nervos ? Pressinto
Meu estômago? Farto
Vou fugir, eu não minto
Antes de morrer eu... Parto!

Arminda Lopes